quarta-feira, 17 de junho de 2009

"O Silencio é de Oiro – a Palavra é de Prata!”

Quanto mais penso neste aforismo menos concordo com ele.

Eu daria sempre o ouro à palavra. A palavra pensada, responsável, que compreende, que conta, que vincula, que esclarece. De prata é o silêncio acobardado, que encobre, cala, consente e não esclarece.

Não nego ao silêncio, por vezes, o valor que lhe cabe quando é sinal de prudência, pudor, táctica até. Mas o silêncio é na maioria das vezes egoísmo, incompreensão, desinteresse, comodismo, oportunismo, medo, cobardia. É evidente que o compromisso também envolve medo, mas, medo assumido. Medo identificado é medo comandado, domável. Medo que empurra para a decisão, para o risco de viver sem máscaras.

Oiro poucas vezes para o silêncio, a maioria das vezes para a palavra. Por isso sempre que me é permitido escolher eu opto sem hesitar pela palavra.

Deixo-vos este video com "Palavras Repetidas" ...

1 comentário:

Maria disse...

Isabelita

Não estou de acordo contigo sobre o entendimento do "silêncio". Mas fica para uma conversa a "duas".
Digo-te aqui apenas que "o silêncio acobardado, que encobre, cala, consente e não esclarece." não é de prata, é castanho, mais claro mais escuro, mas deves saber ao que me refiro. Detesto a cobardia, daí "este" silêncio não poder ser de prata.
A palavra não pode sair boca fora, inconsequente. Daí estou de acordo contigo sobre "A palavra pensada, responsável, que compreende, que conta, que vincula, que esclarece" que, aqui, é de oiro.
Mas "conversemos as duas sobre..."...

Beijocas