quarta-feira, 4 de março de 2009

"Esta crise é bicho mais raro e impiedoso. Esta é daquelas que vem para nos demonstrar que os fundamentos da nossa realidade estavam errados."

Palavras tiradas de um artigo do Público. Concordo que já não podemos ouvir falar desta gaita da crise, concordo que é estar, como se diz na gíria, a bater novamente no ceguinho, trazer para aqui mais uma vez este assunto, mas um texto com a qualidade deste era-me impossível não o partilhar com vocês.

Esta crise vai mudar a nossa vida, a nossa relação com o trabalho e o modo como lidamos com os outros. Ora aí está, finalmente surge uma esperança de que esta badalada crise também terá aspectos positivos. Aproveitemos então a dita, criemos uma sociedade melhor, elevemos os valores morais, inventemos uma nova e melhor maneira de viver. Crise, querida, maravilhosa, esplendorosa e sublimadora crise, afinal nós precisávamos de ti, é que esta nossa vidinha, a que nos habituaram a gostar de viver, era na realidade uma trampa. Só temos um pequeno, um ínfimo diria mesmo, problema, é conseguirmos sobreviver até ela passar. Coisa pouca meu amigos, coisa pouca.

Deixo-vos um excerto do artigo que podem ler na integra se lhes apetecer aqui

"Esta crise não é igual às outras, para passar daqui a uns meses e voltar tudo ao que era dantes. Esta crise é bicho mais raro e impiedoso. Esta é daquelas que vem para nos demonstrar que os fundamentos da nossa realidade estavam errados. Nenhuma destas crises (o Pânico de 1873, a Grande Depressão de 1929, a estagnação de que o Japão ainda não saiu) é igual às outras, salvo num pormenor: quando uma crise destas ocorre, não saímos como entrámos. Muda a nossa relação com o trabalho, mudam os planos que fazemos para a nossa vida, muda até a maneira como nos encaramos uns aos outros."

Entretanto tentemos viver da melhor forma que nos seja possível "Another day in paradise"

7 comentários:

Rogério Charraz disse...

Assim seja...

JC disse...

Querem guerra, então vão te-la, esta gente ao fim de 36 anos e ainda não me conhecem.
A dita roi a dita moi, e contra a
dita agente grita.
eu vou até ao fim, não desisto.

A CONCORRÊNCIA disse...

Amori escuta com atenção este pensamento de Machado de Assis:

"Botas...as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar."

Vamos sentir o prazer de descalçar as botas, esperaremos o tempo que tivermos de esperar, vamos fazer abanar quem se julga inabalável, porque felizmente temos a lei pelo nosso lado. Sabes que sempre que precisares estarei aqui para te dar força, e para fazer coro quando gritares contra a dita ...

Beijos, muitos beijos.

Leticia Gabian disse...

Ai, amiga...E como tenho problemas com as botas...!!!!

Maria disse...

JC

TU não desistes, era o que faltava. Nem que eu tenha que voltar ao activo!
Nos últimos anos habituaram-se a carregar cada vez mais, e a gente a deixar, mas acabou-se. RESISTIR é a única forma. E o caminho é a LUTA!
Estamos aqui para o que der e vier!

Beijos aos dois

JC disse...

Maria obrigado pelo o apoio, não tenho problemas em te pedir ajuda, se a precisar.
Beijocas.

Rogério Charraz disse...

Fico feliz e orgulhoso por saber que a tua luta tem um hino, mas desta vez não ficarei no palco. Na tua luta eu quero estar na trincheira!

Abraço.