Harold Pinter, prémio Nobel da Literatura em 2005, disse:
No teatro, a verdade esquiva-se sempre. Nunca a encontramos por completo, mas é forçoso procurá-la. Essa busca é claramente aquilo que guia os nossos esforços. É essa a nossa tarefa. Na maioria das vezes é no escuro que tropeçamos na verdade, esbarramos nela, ou vislumbramos uma imagem ou uma forma que parece corresponder à verdade, muitas vezes sem nos darmos conta disso. Mas a verdade verdadeira é que, na arte do teatro, não há nunca uma verdade única que possamos encontrar. Há muitas. Estas verdades desafiam-se mutuamente, fogem, reflectem-se, ignoram-se, espicaçam-se, são insensíveis umas às outras. Ás vezes pensamos que temos a verdade de um momento na mão, e depois ela escapa-se-nos por entre os dedos e desaparece.
Eu digo, porque esta é para mim a verdade neste momento, e recuso-me a ignorá-la:
Eu digo, porque esta é para mim a verdade neste momento, e recuso-me a ignorá-la:
No teatro como na vida, a verdade é constantemente mutável para cada um de nós, a verdade não é universal, varia com as formas de pensar, com a maneira de sentir de cada individuo, mas apesar dessa sua inconstância, temos por obrigação encontrar a nossa verdade em cada momento, procurá-la, por muito árdua que seja essa tarefa, e mesmo que ela não nos seja favorável, temos por obrigação assumi-la, por muito doloroso que isso nos seja, porque só sendo totalmente verdadeiros, com nós próprios e com os outros, poderemos viver de bem com a vida.
3 comentários:
Este post dá muito pano pra manga.
Será que cada um de nós tem, mesmo, a sua verdade?
Haverá, mesmo, muitas verdades?
Um beijo...
A verdade de um estranho, numa terra estranha, é sempre mais uma verdade...
Beijocas.
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