"A eutanásia deve ser referenciada. A prática é cada vez mais aceite socialmente e não deve ficar confinada ao poder politico" Associação Portuguesa de Boética
Na Europa :
Suíça - é permitida a assistência ao suicídio mas não a eutanásia.
Holanda - a lei permite a eutanásia até em casos de cansaço existencial e problemas psíquicos.
Bélgica - depois de um ano de aceso debate, foi permitida em casos de cancro e doenças degenerativas.
Luxemburgo - em fase de regulamentação. Legalizaram mas expandiram rede de cuidados paliativos.
Espanha - até final da legislatura o Governo aprovará a lei, uma vez que os espanhóis são a favor.
Decisão complexa esta, problema complexo este, tantos prós, tantos contra, seria tudo muito mais simples se a morte fosse assim:
Na Europa :
Suíça - é permitida a assistência ao suicídio mas não a eutanásia.
Holanda - a lei permite a eutanásia até em casos de cansaço existencial e problemas psíquicos.
Bélgica - depois de um ano de aceso debate, foi permitida em casos de cancro e doenças degenerativas.
Luxemburgo - em fase de regulamentação. Legalizaram mas expandiram rede de cuidados paliativos.
Espanha - até final da legislatura o Governo aprovará a lei, uma vez que os espanhóis são a favor.
Decisão complexa esta, problema complexo este, tantos prós, tantos contra, seria tudo muito mais simples se a morte fosse assim:
Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmos-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol
a fingir de novo todas as manhãs, convocaríamos
os amigos mais íntimos com um cartão de convite
para o ritual do Grande Desfazer: "Fulano de tal comunica
a V. Exa. que vai transformar-se em nuvem hoje
às 9 horas. Traje de passeio".
E então, solenemente, com passos de reter tempo, fatos
escuros, olhos de lua de cerimônia, viríamos todos assistir
a despedida.
Apertos de mãos quentes. Ternura de calafrio.
"Adeus! Adeus!"
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento,
numa lassidão de arrancar raízes...
(primeiro, os olhos... em seguida, os lábios... depois os cabelos... )
a carne, em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se
em fumo... tão leve... tão sutil... tão pòlen...
como aquela nuvem além (vêem?) — nesta tarde de outono
ainda tocada por um vento de lábios azuis...
José Gomes Ferreira
8 comentários:
A melhor morte é aquela que nos agrada.
Henri Montherlant
Eu não conheço nenhuma morte, nem quero.
eu quero viver, uma vida com uma certa qualidade, desde que me deixem.
Digo eu.
JC
Que pena o José Gomes Ferreira não mandar no universso.
Za
Era tão bom Zá, era tão bom ...
Beijos
Alguns conseguem virar estrelas brilhantes... Meu filho Ian conseguiu.
Letícia, sabes que eu também tenho uma estrela lá no céu ? Verdade ! Está sempre a olhar por mim, lá do alto ... é/era linda a minha estrela, como são todas as estrelas ... sempre olhou por mim desde que nasci, nunca ia deixar de olhar ...foi por isso que virou estrela !
Abordas aqui uma questão muito complicada...
Mas o que era mesmo bom era uma pessoa adormecer um dia e não voltar a acordar...
Ah, se o que o Zé Gomes escreveu fosse possível...
Um beijo
(deveria ter duas estrelas no céu. não tenho. ou então estou cega...)
Pessoal, deixem-me lá brincar um pouco, que enquanto a gente se ri ganhamos mais uns dias de vida. Aquilo a que o José Gomes Ferreira se refere já existe, chama-se cremação... eu quando morrer quero ser "cromado", e encastrado ao lado do frigorífico!
Maria, as estrelas estão lá, a Maria é que brilha tanto na Terra que tem dificuldade em ver o brilho no céu...
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