quarta-feira, 7 de maio de 2008

2º Round - O que pode ser feito contra alguém


A polícia austríaca anunciou ter localizado uma mulher dada como desaparecida há 24 anos, e que disse às autoridades que o pai a manteve todo este tempo, desde 1984, trancada na cave da casa onde viviam, na cidade de Amstetten.

O pai terá abusado sexualmente de Elisabeth durante todos estes anos. Da relação nasceram sete filhos, sendo que uma das crianças morreu após o parto.

O indivíduo conseguiu ficar com a guarda de três das crianças, fingindo que os bebés tinham sido deixados à sua porta com uma carta de Elisabeth a pedir que tomassem conta deles. Os outros três filhos viveram até agora na mesma cave.

Os primeiros nove anos da sua prisão Elisabeth Fritzl teve, segundo informações da “Spiegel”, de os passar num único espaço na cave. De 1984 até 1993 o pai dela manteve-a encarcerada neste espaço. Só depois é que Joseph Fritzl construiu mais um quarto.

É portando manifesto que até esse momento as três crianças que nasceram na cave assistiram às repetidas violações perpetradas por Joseph Fritz sobre a mãe.

Sobre o início do seu cativeiro Elisabeth Fritzl declarou que o pai a atraiu à cave com o pretexto de ela o ajudar a levar para lá uma porta. No subterrâneo ele algemou-a primeiro a um poste durante dois dias, e nos seis até nove meses seguintes teve-a presa por um cadeado, para que ela, pelo menos, se pudesse servir do quarto de banho. Josef Fritzl negou este procedimento nas suas declarações iniciais.

Elisabeth, encarcerada durante 24 anos, defendeu abertamente a mãe durante o interrogatório policial. Nos anos do seu cativeiro foi sempre o pai a trazer-lhe os alimentos e a roupa. A mãe não tinha absolutamente nenhum conhecimento das acções do marido e por isso não podia ter nada a ver com isso.


É extraordinário o poder maquiavélico da mente humana. As possibilidades que existem de um ser humano poder ser cruel ultrapassam todos os limites do imaginável. No entanto tem também possibilidades ilimitadas de perdoar, Elisabeth precisou de amar alguém e precisou de imaginar que alguém a amava durante os anos que foi mantida em cativeiro. Assim defendeu a mãe durante o interrogatório, porque para ela era importante que a mãe estivesse inocente. Foi a amar e a ser amada que conseguiu sobreviver...*

* Não consigo acreditar na inocência da mãe, esta é portanto a minha opinião pessoal.

1 comentário:

MisteriosaLua disse...

Miguita, nem te esforces muito, porque a mãe não poderá ser inocente em toda esta história!
Nem por medo do marido!
Realmente, o ser humano consegue sempre surpreender-nos. Pena é que nem sempre seja pelas melhores razões...