domingo, 6 de maio de 2012

GAC - Ronda do Soldadinho

S

Letícia Thompson

Ser mãe dói.

Dói quando o filho nasce e ela  pergunta a si própria como o vai saber educar. Dói quando, tendo o futuro todo pela frente, ela se sente perdida, como se o mundo não tivesse continuação. Dói quando o filho chora de noite e ela não sabe bem como acalmá-lo.

Ser mãe dói quando o filho fica doente e ela quer trocar de lugar com ele e não pode.

Ser mãe dói quando o filho não quer ir à escola e ela precisa fazer um esforço sobrenatural para não chorar ao deixá-lo.  Mas dói também, quando ao deixá-lo  na escola, ele dá um sorriso e diz adeus. Dói sentir que ele se desprega, se solta,  se torna independente. Como dói!!!

Ser mãe dói quando o filho tem problemas na escola e ela precisa ouvir com naturalidade as queixas. Doem a adolescência e as questões existenciais.

Deve ser uma dor imensa ver um filho ir para a guerra. Deve doer imensamente ver um filho seguir caminhos diferentes dos que julgamos corretos. Mãe que vê o filho sofrer, sofre a dobrar.

Ser mãe é uma missão que dói a vida inteira.

Ser mãe é ter a dádiva do dar. Ela planta e sabe que não é para ela.

Ser mãe dói sim. Mas engrandece também. A medida da dor é também a medida da alegria de ver o filho feliz.

A maternidade é a corôa de toda a mulher. De espinhos... mas de flores também!

Benditas sejam todas as mães do mundo!!!

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