segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mea culpa para a melhor das amigas.

Os meus últimos seis meses têm sido de uma grande luta por um futuro que anseio com todas as minhas forças.

Os meus últimos seis meses têm sido esgotantes pela entrega que dediquei a essa luta, pelas outras obrigações que já faziam parte da minha vida, e pela obrigação de continuar vinculada a um emprego que cada vez mais me trás uma traumatizante insatisfação pessoal e profissional.

Ontem, por mero acaso, dei comigo a ver fotos de um passado mais ou menos recente. A vida de cada um de nós é uma mudança contínua. Com ou sem nostalgia gostei de rever e relembrar os momentos que a câmara captou. Fazem parte do meu passado e do passado de todos os outros que comigo partilharam esses momentos.

Dei-me conta que apesar do meu tempo ser tão ocupado hoje em dia não deixei de ser uma filha presente e apoiante, uma sobrinha carinhosa, uma mãe atenta e disponivel sempre que é necessária a minha disponibilidade, uma amiga que faz questão de mostrar que não esquece as pessoas de quem gosta e uma esposa amiga e companheira.

Tenho falhado no entanto com alguém que não merecia a minha pouca disponibilidade para ela. Uma amiga sempre presente, que me enxuga as lágrimas nos momentos menos bons, me apoia em todas as decisões, alguém que se "ri" com os meus devaneios, e que alinha em todas as brincadeiras quando me apetece brincar.

Talvez um dia destes me sobre algum tempo para correr com ela na praia, para brincar com ela daquela maneira que é só nossa, para rolarmos as duas na areia, tocar na espuma do mar. Talvez um dia destes ...


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