Dirigindo-se a um vendedor diz-lhe o que procura.
Então o vendedor vai buscar uma gaiola com um galo enorme, musculoso, com a crista de pé, olhos azuis e uma tatuagem no peito dos Rolling Stones, e diz para o fazendeiro:
- Leve este aqui, o Alberto, ele não falha.
O fazendeiro leva o galo e, no dia seguinte, pela manhã, solta o galo no galinheiro. O galo sai numa corrida desenfreada, pega na primeira galinha, dá duas sem tirar; pega na segunda, dá a primeira e quando estava na segunda... cai para o lado. O fazendeiro olha e diz:
- Aquele vendedor filho da puta aldrabou-me! Este galo apenas comeu duas galinhas e capotou.
Então, pegou no galo pelo pescoço, levou-o até ao vendedor e explicou-lhe o que se tinha passado. O vendedor desculpou-se e foi buscar um outro galo. Este era preto, de crista amarela, olhos cinzentos e ténis da Nike. E disse para o fazendeiro:
- Este aqui é o Francisco. Leve-o, veja como é que ele funciona e depois conte-me.
O fazendeiro volta para a fazenda com o galo e repete a manobra: solta o bicho no galinheiro, o galo sai alucinado, come a primeira galinha de pé, pega a segunda e traça, com a terceira faz o 69 e quando está em cima da quarta, cai morto no meio do galinheiro. O fazendeiro, completamente lixado, pega o galo pelas patas e volta à vila. Entra pela cooperativa, quase rebentando com a porta, e diz para o vendedor:
- Escute aqui seu sacana, este é o segundo galo que você me vende e também não presta para nada. É melhor vender-me um galo decente ou deito esta cooperativa abaixo.
Então o vendedor vai buscar um galo de merda, sem crista nem penas, com olheiras, corcunda, com ténis de lona já meio rebentados e uma camisa azul claro com os dizeres "Maracanã 1950" e diz ao fazendeiro:
- Olhe, é só o que me resta. O nome dele é Tito e chegou, por coincidência, num barco que vinha do Uruguai.
O fazendeiro, ainda furioso, leva o galo, pensando:
- Mas que raio é que eu vou fazer com este galo de merda?
Chegado à fazenda solta o Tito no galinheiro. O galo despe a camisa, atira-a para o lado e sai enlouquecido comendo as 180 galinhas de um fôlego. Pára para respirar e come as 180 de novo. Sai do galinheiro a correr e enraba o pastor alemão. Aí o fazendeiro agarra-o, dá-lhe dois sopapos para acalmar e tranca-o na gaiola.
- Porra, este galo é um fenómeno!!, pensa o fazendeiro.
E as galinhas todas doidas só comentam que " o Tito isto", "o Tito aquilo", "o que é que ele fez contigo?", "comigo ele fez tal coisa"... loucura total, todas as galinhas a quererem mudar-se para Montevideo. No dia seguinte o fazendeiro voltou a soltar o galo; o Tito sai a levantar poeira do chão, dá duas voltas ao galinheiro aviando tudo o que é buraco com penas que lhe aparece no caminho. Sai disparado e come o cão, o porco e duas vacas. O fazendeiro corre atrás dele, agarra-o pelo pescoço, dá-lhe uns abanões para o acalmar e volta a fechá-lo na gaiola.
- Que galo filho da puta! Vai-me cobrir a fazenda toda!!!, diz o fazendeiro.
No dia seguinte vai buscar de novo o galo e encontra a gaiola toda rebentada.
- O Tito fugiu!
Sai a correr para o galinheiro e encontra todas as galinhas de barriga para o ar, fumando e assobiando, regaladas. Lá fora estava o porco com o rabo virado pró ar, as duas vacas deitadas no chão e a falarem das performances sexuais do Tito, o cachorro com a bunda arruinada e pensa:
- Ele vai comer o gado dos vizinhos, vão-me matar!
Então pega no cavalo e a galope segue as pistas deixadas pelo Tito (cabras a suspirar, bodes a passar gelo no rabo, uma tartaruga que perdeu a carapaça na trancada, um touro a experimentar lingerie, três gazelas a coxear, um pónei sentado num alguidar com gelo, um bambi curado das hemorróidas...) até que, de repente e à distância, vê o Tito caído no chão. Uma cena tristíssima!!! Os abutres já voam em círculos, a babar-se com fome. Quando viu os abutres o fazendeiro entendeu a situação.
- Nãããooooo, Titoooooo... Morreuuuu o Titoooooo! E logo agora que eu tinha encontrado um galo de verdade...
No meio destas lamentações, cuidadosamente o Tito abre um olho, olha para o fazendeiro e, assinalando os abutres, pisca-lhe o olho e diz:
- Shhhhhhh! Cálma-te hombre, que ellos están quase desciendo....
Então, pegou no galo pelo pescoço, levou-o até ao vendedor e explicou-lhe o que se tinha passado. O vendedor desculpou-se e foi buscar um outro galo. Este era preto, de crista amarela, olhos cinzentos e ténis da Nike. E disse para o fazendeiro:
- Este aqui é o Francisco. Leve-o, veja como é que ele funciona e depois conte-me.
O fazendeiro volta para a fazenda com o galo e repete a manobra: solta o bicho no galinheiro, o galo sai alucinado, come a primeira galinha de pé, pega a segunda e traça, com a terceira faz o 69 e quando está em cima da quarta, cai morto no meio do galinheiro. O fazendeiro, completamente lixado, pega o galo pelas patas e volta à vila. Entra pela cooperativa, quase rebentando com a porta, e diz para o vendedor:
- Escute aqui seu sacana, este é o segundo galo que você me vende e também não presta para nada. É melhor vender-me um galo decente ou deito esta cooperativa abaixo.
Então o vendedor vai buscar um galo de merda, sem crista nem penas, com olheiras, corcunda, com ténis de lona já meio rebentados e uma camisa azul claro com os dizeres "Maracanã 1950" e diz ao fazendeiro:
- Olhe, é só o que me resta. O nome dele é Tito e chegou, por coincidência, num barco que vinha do Uruguai.
O fazendeiro, ainda furioso, leva o galo, pensando:
- Mas que raio é que eu vou fazer com este galo de merda?
Chegado à fazenda solta o Tito no galinheiro. O galo despe a camisa, atira-a para o lado e sai enlouquecido comendo as 180 galinhas de um fôlego. Pára para respirar e come as 180 de novo. Sai do galinheiro a correr e enraba o pastor alemão. Aí o fazendeiro agarra-o, dá-lhe dois sopapos para acalmar e tranca-o na gaiola.
- Porra, este galo é um fenómeno!!, pensa o fazendeiro.
E as galinhas todas doidas só comentam que " o Tito isto", "o Tito aquilo", "o que é que ele fez contigo?", "comigo ele fez tal coisa"... loucura total, todas as galinhas a quererem mudar-se para Montevideo. No dia seguinte o fazendeiro voltou a soltar o galo; o Tito sai a levantar poeira do chão, dá duas voltas ao galinheiro aviando tudo o que é buraco com penas que lhe aparece no caminho. Sai disparado e come o cão, o porco e duas vacas. O fazendeiro corre atrás dele, agarra-o pelo pescoço, dá-lhe uns abanões para o acalmar e volta a fechá-lo na gaiola.
- Que galo filho da puta! Vai-me cobrir a fazenda toda!!!, diz o fazendeiro.
No dia seguinte vai buscar de novo o galo e encontra a gaiola toda rebentada.
- O Tito fugiu!
Sai a correr para o galinheiro e encontra todas as galinhas de barriga para o ar, fumando e assobiando, regaladas. Lá fora estava o porco com o rabo virado pró ar, as duas vacas deitadas no chão e a falarem das performances sexuais do Tito, o cachorro com a bunda arruinada e pensa:
- Ele vai comer o gado dos vizinhos, vão-me matar!
Então pega no cavalo e a galope segue as pistas deixadas pelo Tito (cabras a suspirar, bodes a passar gelo no rabo, uma tartaruga que perdeu a carapaça na trancada, um touro a experimentar lingerie, três gazelas a coxear, um pónei sentado num alguidar com gelo, um bambi curado das hemorróidas...) até que, de repente e à distância, vê o Tito caído no chão. Uma cena tristíssima!!! Os abutres já voam em círculos, a babar-se com fome. Quando viu os abutres o fazendeiro entendeu a situação.
- Nãããooooo, Titoooooo... Morreuuuu o Titoooooo! E logo agora que eu tinha encontrado um galo de verdade...
No meio destas lamentações, cuidadosamente o Tito abre um olho, olha para o fazendeiro e, assinalando os abutres, pisca-lhe o olho e diz:
- Shhhhhhh! Cálma-te hombre, que ellos están quase desciendo....
5 comentários:
Há grande Tito, és o maior.
Hoje em dia já não há galos assim.
POEMA AOGALO MACHÃO
Lá vai D. Galo! As galinhas, como boas poedeiras,
vão atrás dele; porquanto, sem ele não há maneiras.
É que pôr ovos sem galo pra poder galar o ovo...
não é jogo que se jogue. Só se for um jogo novo!?
E o D. Galo, comandante das lindas frangas branquinhas
passa a ponte empertigado. Mostra como é, às galinhas.
Crista vermelha, imponente, certo ar patriarcal...
numa tábua se equilibra; e... atravessa o canal.
Do riacho não tem medo; a presunção não lhe falta.
Leva com ele o harém... com ares d'ave pernalta.
É um galo-galaró tão machão, prole diversa...
que na panela não cai. E o resto é conversa!
Descansa hoje, Jotinha!... Nunca se sabe quando te chamará Tito!...
Xi, pá!
Vou mandar pra meu amigo Rodolfo. Ele é urugayo e vai ficar todo satisfeito...Hehehe!
Mas, com tantos galos em Barcelos, precisava importar?
Com isto, quero dizer que os tugas estão com tudo!
Hehehe!
É....
"deixa-os poisar", versão lusa!
Beijocas
Quem sabe se o Tito passasse por aqui pela "Gaiola das Loucas", as coisas não melhorariam ?
Acho que vou mas é à procura do galo, que esta gaita tá que não se aguenta...
Beijocas para todos
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