segunda-feira, 18 de maio de 2009

Hoje não escrevo

Escrever ás vezes é triste. Os dedos sobre o teclado, as letras reunindo-se com maior ou menor velocidade, mas com igual indiferença pelo que vão dizendo. Ainda se escrever transformasse as coisas. Ainda se houvesse capítulos da História que se alterassem devido à minha maneira de juntar substantivos, adjectivos, verbos. Não é todos os dias, não é qualquer um que altera uma ideia na cabeça do próximo, por via gramatical. Portanto por muito que me magoe escrever é igual a abster-me.

Podemos aprovar as acções dos outros, mas que importância terá isso se não nos der-mos ao incomodo de as praticar. Podemos desaprovar as acções nefastas, mas o que adiantará se nos dispensar-mos de lhes corrigir os efeitos. Assim é fácil manter a consciência limpa. Escrever é fácil, é juntar correctamente as letras e formar frases correctas que transmitem ideias bonitas. Por isso hoje não escrevo ...

5 comentários:

Pedro Branco disse...

Se pensares bem... estamos sempre a escrever. Por dentro. Por fora. Seja. Escrever é pensar e pensar é escrever. Beijo.

Leticia Gabian disse...

Isabelita,
Mesmo sem querer, escreveste.
E assim espero que continues. Não conseguimos mudar o rumo das coisas (nem sempre), só por juntarmos letras e frases. Mas, sempre que juntamos às letras e frases, emoções, sentimentos preocupações, inquietações, questionamentos, posições...Enfim, quando estamos NÓS em forma de letras (Faladas ou escritas), deixamos que nos conheçam mais. E isto é muito bom!
Gosto de te ler, gosto da possibilidade de te conhecer, cada dia mais um pouco.
Amanhã, escreves. Tá resolvido. Oras!

Beijo imenso

Maria disse...

Nunca a escrita foi igual a abstenção, I.
Escrever é exactamente o contrário. E tu aqui não te abstiveste...

Beijo

A CONCORRÊNCIA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
A CONCORRÊNCIA disse...

E quando pensamos, também podemos rasurar e apagar e limpar as ideias, tal como quando escrevemos não é Pedro ?

E serve também como terapia, podermos partilhar o que nos vai na alma, especialmente com pessoas que gostam de nos ler e de nos conhecer melhor como tu Letícia.

Abstermos-mos é sermos indiferentes à vida e a vida é para ser sentida não é Maria ? Portantos nem me abstive, nem sou abstémia, (desde que a sangria não esteja muito doce, claro !!!) lol

Beijos aos três