Quem de nós não conhece o Zézé. Quem de nós não sabe a importância que tinha para ele o seu Pé de Laranja Lima. Porque não reinventá-la. Porque não imaginá-la de outro modo. Esqueçamo-nos da existência do Portuga, concentremo-nos apenas na árvore. Ou melhor ainda façamos de conta que ambos se fundiram, se misturaram, se absorveram e que são apenas um.
Imaginemos então um cataclismo, um imprevisivel fenómeno da natureza na cidade em que se desenvolve a história. Talvez uma terrível tempestade, chuva, muita chuva e ventos furiosos. Imaginemos os danos na árvorezita.
Zézé nem a reconheceu quando o Sol voltou a mostrar-se por entre as nuvens. Despida de folhas, troncos partidos, as suas raízes quase arrancadas da terra. Chorou agarrado ao seu tronco pensando que a sua confidente, a única amiga que o ouvia, a única que sabia usar as palavras certas, as que traziam a alegria ao seu coraçãozito de menino solitário poderia não sobreviver. Enterrou-lhe as raízes, afagou-a, chorou, e pediu-lhe para não desistir de lutar. Alguém lhe disse que talvez o adubo a salvasse, e adubou-a com todo o amor que tinha dentro de si. Passavam os dias, os meses, e o Pé de Laranja Lima pouco parecia melhorar. Continuava a ser a amiga, a confidente, mas doente e triste fazia Zézé sofrer pela sua quase incapacidade de a ajudar.
Todos nós sabemos o poder que têm o amor e a perseverança, e como juntos são invencíveis. Assim, alguns meses depois, a árvore de Zézé ficou sã e esplendorosa. Embora fossem visíveis no coração do menino as marcas do que sofrera, o seu rosto iluminava-se agora de uma luz que brilhava quase tanto como o próprio Sol. Todos sabiam onde encontrar o Zézé, bastava seguirem o rasto de luz que deixava por onde passava e que a todos iluminava.
De novo aquele escuro no céu. Zézé lembrava-se tão bem daquela aparência sinistra das nuvens. Apertou-se-lhe o seu coraçãozito de menino. Desta vez não a deixaria sozinha. Correu para junto da sua árvorezinha, abraçou-a, tentou cobri-la com o seu franzino corpo, e ali ficou até a tempestade acabar.
Não vou contar como acaba a história, não sou capaz de imaginar o seu final, peço-vos que me o contem vocês, usem a vossa experiência em sobrevivência a tempestades, imaginem a força que podem ter a razão e o amor.
Imaginemos então um cataclismo, um imprevisivel fenómeno da natureza na cidade em que se desenvolve a história. Talvez uma terrível tempestade, chuva, muita chuva e ventos furiosos. Imaginemos os danos na árvorezita.
Zézé nem a reconheceu quando o Sol voltou a mostrar-se por entre as nuvens. Despida de folhas, troncos partidos, as suas raízes quase arrancadas da terra. Chorou agarrado ao seu tronco pensando que a sua confidente, a única amiga que o ouvia, a única que sabia usar as palavras certas, as que traziam a alegria ao seu coraçãozito de menino solitário poderia não sobreviver. Enterrou-lhe as raízes, afagou-a, chorou, e pediu-lhe para não desistir de lutar. Alguém lhe disse que talvez o adubo a salvasse, e adubou-a com todo o amor que tinha dentro de si. Passavam os dias, os meses, e o Pé de Laranja Lima pouco parecia melhorar. Continuava a ser a amiga, a confidente, mas doente e triste fazia Zézé sofrer pela sua quase incapacidade de a ajudar.
Todos nós sabemos o poder que têm o amor e a perseverança, e como juntos são invencíveis. Assim, alguns meses depois, a árvore de Zézé ficou sã e esplendorosa. Embora fossem visíveis no coração do menino as marcas do que sofrera, o seu rosto iluminava-se agora de uma luz que brilhava quase tanto como o próprio Sol. Todos sabiam onde encontrar o Zézé, bastava seguirem o rasto de luz que deixava por onde passava e que a todos iluminava.
De novo aquele escuro no céu. Zézé lembrava-se tão bem daquela aparência sinistra das nuvens. Apertou-se-lhe o seu coraçãozito de menino. Desta vez não a deixaria sozinha. Correu para junto da sua árvorezinha, abraçou-a, tentou cobri-la com o seu franzino corpo, e ali ficou até a tempestade acabar.
Não vou contar como acaba a história, não sou capaz de imaginar o seu final, peço-vos que me o contem vocês, usem a vossa experiência em sobrevivência a tempestades, imaginem a força que podem ter a razão e o amor.
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