Se ser bruta é preocupar-me em agir de modo a não magoar e a não prejudicar ninguém, então assumo: sou bruta.
Se ser bruta é dizer o que penso, seja bom ou mau, e discutir com os outros as minhas opiniões e alterá-las se chegar à conclusão que estou errada, então assumo: sou bruta.
Se ser bruta é não ter medo de assumir as minhas acções, porque tenho a consciência tranquila e sei que o que faço não prejudica ninguém, então assumo: sou bruta.
Se ser bruta é lutar com todas as minhas forças contra o que está errado, mesmo que saia prejudicada dessa luta, então assumo: sou bruta,
Se ser bruta é ser incapaz de ser dissimulada, incapaz de fingir, incapaz de mentir, então assumo: sou bruta.
E acrescento sou e serei sempre bruta, porque tenho orgulho naquilo que sou. E mais ainda, bem hajam todas as pessoas brutas deste mundo. Se o contrário de ser bruto é ser fino, então realmente os finos não me interessam.
4 comentários:
Não sei quem te chamou bruta nem isso me interessa.
Eu também sou. Porque não falo com paninhos quentes para agradar a gregos e troianos. Digo o que penso e pronto. Tento (às vezes sem conseguir) não pôr muita emoção no que digo, porque aí sou bruta mesmo...
Beijos, de uma grossa
;)
Zabelita, eu acho muito bem que tenhas orgulho no que és, porque efectivamente és gente boa.
Mas há duas ou três frases no teu discurso que me deixam algumas dúvidas, e que ouço com alguma frequência por aí:
"e sei que o que faço não prejudica ninguém"
Consegues mesmo ter a certeza disso? Eu acredito, pelo que conheço de ti, que não faças nada para prejudicar os outros intencionalmente, mas consegues garantir que os teus actos não magoem terceiros? Será que podemos ter a presunção de achar que os nossos actos nunca prejudicam ninguém só porque não têm essa intenção?
"lutar com todas as minhas forças contra o que está errado"
Ora aí está outro conceito que a mim me faz alguma comichão - o errado. O problema é que por vezes estamos a combater o "nosso" errado e ao mesmo tempo o "certo" dos outros. Não existem verdades absolutas...
Volto a frisar que este meu comentário em nada questiona a tua essência e os teus valores, mas apenas alguns conceitos que muita gente gosta de afirmar como inquestionáveis, esquecendo-se que o mesmo facto presenciado por três pessoas diferentes pode ser objecto de três interpretações completamente diferentes e até opostas...
Charrazito claro que vou ter de responder-te, para poder esclarecer o meu ponto de vista.
Primeiro gostava de explicar-te que eu pelo menos preocupo-me em não prejudicar ninguém em tudo aquilo que faço, mesmo que para não prejudicar os outros me prejudique a mim própria, o que me parece ser uma coisa que muita pouca gente faz. Cada vez mais cada um preocupa-se apenas consigo e está-se cagando (como diz quem é bruto como eu) para os outros.
Digo-te também que sei que não sou dona da verdade,como ninguém é, só que cada um de nós só pode descobrir que a nossa verdade não é igual à do outro se discutir isso com ele. A maior parte das pessoas recusa-se a falar, a discutir, a chegar ou não a acordo, a ouvir o seu semelhante. Se há coisa que me dê prazer é alguém convencer-me que estou errada, porque ao fazerem-no ensinaram-me alguma coisa e se há coisa que eu gosto de fazer é aprender.
Para finalizar digo-te que claro que concordo que não existem verdades absolutas, mas existem algumas verdades universais. E existem pessoas que lutam e pessoas que não lutam, que se acomodam porque lhes dá jeito. Eu sou uma lutadora e orgulho-me de o ser, mesmo que lute por causas perdidas.
Eu não te acho bruta, mas sincera de mais, e há pessoas que não gostam, será que o barrete lhes serve na cabeça, azar.
Ou a liberdade de expressão é só para alguns, pois podem dizer e escrever o que querem, sem serem criticados(as).
Continua a lutar pelas causas que achas justas, até que te provem o contrário.
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