quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Afinal é fácil ....


Ouvi ontem na rádio logo pela manhã, e fiquei digamos ... estupefacta. Então não é que finalmente os nossos governantes chegaram à conclusão que existe uma forma fácil de cruzar dados entre o que se declara ao fisco e o que se possui? E melhor que isso, cada um de nós vai finalmente ser tributado segundo o dinheiro que realmente ganha. Boa estratégia para ganhar eleições... comecei logo a imaginar o modo como vai ser feita essa avaliação. Possivelmente irão constituir uma brigada de fiscais específicos para o efeito (fixe novos postos de trabalho e ainda por cima na função pública)… se os novos fiscais ganharem à percentagem eu candidato-me logo.

Que tal começar pelos deputados e outros cargos engraçados deste país? Um fiscal em cada bomba de gasolina. Se fosse admitida como fiscal começaria por abordar quem estivesse a abastecer um carro superior a 50 000 euros, e dizer-lhe: Oi , pertenço ao GFCP (Grupo de Fiscais Contra a Parasitagem) e queria falar consigo. Que bela viatura, vamos lá mostrar-me o que tem em seu nome e o que declara às finanças… Rapidamente se concluiria que ou o gajo roubava nas horas vagas ou fugia ao fisco. Depois ia a qualquer marina ver os barcos e falar com os respectivos donos, todos pescadores, possivelmente. Terminaria o dia num registo predial, a falar com quem estivesse a registar um imóvel cujo sinal fosse superior a 50.000 € … E tinha o dia feito, eu e as finanças…

Poderia até não ficar por aqui, poderia ir verificar que o barco de 9 metros, bem como o seu lugar na marina, pertenciam por exemplo a uma empresa de construção civil… Era a vez de o senhor proprietário explicar para que servia a uma empresa desse tipo a embarcação… para levar ao trabalho os calceteiros marítimos? Ou para ir betonar as ondas ? Bom, claro que as explicações não serviam, não é? Depois íamos aos carrinhos… quantos estão em nome da empresa? 6? Mas a empresa nem tem tantos funcionários… e as casinhas, são para servir de armazém? Bom, mas se há o usufruto de tudo isso, esse usufruto deve ser tributado como rendimento, não é? O senhor aufere além do ordenado mínimo o usufruto de coisas que são da empresa mas que quem as utiliza é V. Exª, não é? Bom…então toca a pagar.

Que belo Portugal teríamos… ao fim de um ano dávamos mais lucro do que a Galp e a Brisa juntas, tornar-nos-íamos o país modelo da Europa e do Mundo. Isso é que era !!!

1 comentário:

Maria disse...

Onde tu te ias meter, Amiga....
:)

Beijinho