terça-feira, 4 de novembro de 2008

Mudam-se os tempos mudam-se as vontades.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades

Há histórias universais que passam de geração em geração e se mantém durante séculos. Uma delas é a da justificação para a chegada de um bebé, a velha história da cegonha que traz as crianças de Paris.
Parece-me no entanto, que hoje em dia já não há criança que consiga ver alguma lógica nesta história. Nas telenovelas, que vêm na televisão desde que nascem, cegonhas são personagens que não aparecem muito. Na publicidade que passa por aí também é raro ouvirmos falar em cegonhas, os D-Zert , a Floribela, mesmo o Ruca e o Noddy também não me parecem ser grandes fans desta espécie animal. Como queremos então que as nossas crianças de hoje achem verosimel a história das cegonhas e dos bicos e de Paris e dos bebes ?

Penso até, que face a tanta informação que lhes é fornecida desde que nascem, conseguiram dar este outro contexto à história:
Resta-nos portanto tentar fazê-los perceber o porquê da escolha da cegonha enquanto símbolo de natalidade. Resta-nos dar-lhes a conhecer que a cegonha é um animal com características dóceis e protectoras, que presta um carinho especial às outras aves, especialmente ás doentes e ás mais velhas.
Curiosamente, e intimamente relacionado com este último ponto, os Romanos criaram uma lei que incentivava as crianças a cuidarem dos idosos, lei essa denominada Lex Ciconaria (Lei da Cegonha).
Uma vez que a cegonha faz o seu ninho ao lado das chaminés das casas ou noutro local alto, voltando sempre para o mesmo local para pôr os ovos e cuidar dos seus filhotes, habituamo-nos a associar à imagem da cegonha características de generosidade e fidelidade.

Temos portanto a obrigação de tentar que as nossas crianças voltem a interessar-se por elas, mesmo que elas façam os ninhos nos postes de alta tensão, dificultando o trabalho dos Engenheiros da REN, mesmo que já ninguém acredite na velha história das viagens desde Paris carregadinhas de bebés, as cegonhas deverão sempre continuar a ser um exemplo para nós.

Cegonha chavala tu mantém-te cool, a malta grama-te bué !

2 comentários:

Maria disse...

Pois, só poderia haver por aí uma cegonha a caminho....
Entretanto eu fico com a cantiga...

Beijos

A CONCORRÊNCIA disse...

Bué de cegonhas a caminho, podes ter a certeza Amiga, mas nenhuma a caminho de sitio que eu conheça.

Beijos