quinta-feira, 5 de junho de 2008

A verdadeira história das carpas mamonas

Escutai agora Senhores esta história, que acontecerá daqui a muitos, muitos anos, num futuro longínquo, quando no Mundo não existirem mais peixes em liberdade, e todos eles estejam presos em viveiros onde serão gerados, criados e alimentados, de modo a satisfazer as necessidades dos humanos, sem ninguém atender aos seus direitos, necessidades e convicções. Haverá então uma revolta que ficará conhecida como "A revolta das carpas mamonas", e é precisamente essa história que vos vou tentar contar a seguir.

Tendo os peixes em conversa uns com os outros, tido conhecimento que os seus antepassados, ao contrário deles, viviam em lindos mares, lagos, albufeiras e rios onde nadavam livremente, sem redes e muros que os prendessem, onde se amavam profundamente, que fruto desse amor nasciam pequenitos peixitos a quem também amavam e por quem eram amados, e que se alimentavam daquilo que conseguissem com o seu trabalho pescar, e não daquilo que lhes era oferecido sem necessidade de qualquer esforço, resolveram unir-se todos, e liderados por um grupo de carpas, que devido a serem mamonas, eram tratadas de maneira diferente pelos humanos, que as acariciavam e lhes davam liberdade que aos outros peixes era negada, rebentaram redes e muros e foram à descoberta do mundo dos seus antepassados, de que tanto já tinham ouvido falar. Maravilharam-se com o que descobriram, extasiaram-se com as cores dos seus novos mundos, amaram-se uns aos outros com uma intensidade que quase os enlouquecia, e experimentaram gostos e cheiros que lhes provocaram êxtases de sensações.

Mas nada dura para sempre, e os humanos desabituados de pescar, começaram a sentir necessidade de incluir peixe na sua alimentação. Assim, depois de muita pesquisa e discussão decidiram procurar os últimos pescadores de que tinham conhecimento: ZA e JC. Pescadores cujos feitos eram narrados quase como fábulas ZA e JC , dispuseram-se então a com sua imensa sabedoria sobre a antiga arte da pesca, ajudar os outros humanos. Munidos do que era necessário para levar a bom termo a sua tarefa, dirigiram-se para uma barragem e aí começaram a tentar convencer os peixes de que a sua única hipótese de sobrevivência seria voltarem para a prisão dos seus viveiros.

É nesse momento que se dá o grande milagre. Do meio da água emerge uma linda carpa mamona, com longos cabelos de um louro com reflexos simultâneos de Sol e luar, com um corpo divinamente curvilíneo, e que com os seus lindos olhos da cor do céu, olha fixamente nos olhos de ZA, e sem desviar o olhar suplica aos dois pescadores que os deixem continuar a viver em liberdade. ZA, que no instante em que vislumbrou a carpa imediatamente se apaixonou por ela, e JC, cujo maior sonho da sua vida sempre fora descobrir porque é que as carpas eram denominadas de mamonas, e via agora a hipótese de ver o seu sonho realizado, imediatamente chegaram a acordo.

Mentiram aos outros humanos inventando uma rebuscada história em que os peixes já não eram iguais aos do passado, não havendo assim qualquer hipótese de os capturar, e compraram uma casita mesmo junto ás margens da barragem, para onde foram viver e onde foram felizes para sempre, eles, os outros peixes e especialmente as carpas mamonas que passaram a ter um novo componente na sua alimentação, componente esse que ZA e JC lhe ofereciam diariamente, que lhes proporcionava prazeres quase divinais, que viciava tudo e todos, e sem o qual já não conseguiam viver.

10 comentários:

zmsantos disse...

Tal qual o Sermão aos Peixes do António.
Só não entendi a história do "complemento que lhes proporcionava prazeres quase divinais"
Que raio seria, esse complemento. Podes desenvolver?

A CONCORRÊNCIA disse...

Claro que posso amiguito, vou mandar-te a explicação por mail, queres com ou sem fotografias ?

MisteriosaLua disse...

Há quem pergunte se quer com ou sem chuveiro!....

zmsantos disse...

Estou c o m p l e t a m e n t e elucidado!
Sinceramente, não fazia a menor ideia...

Será que a produçãp desse divinal complemento dará para engarrafar? Sei lá, para exportação...

A CONCORRÊNCIA disse...

Não sei nunca experimentei ... a engarrafar !

MisteriosaLua disse...

Miguita, agora fiquei chocada!!! Que badalhoquice! Tu também fazes disso?...

A CONCORRÊNCIA disse...

Amiguita Lua, vê lá se queres que eu te deixe ficar mal,olha que é só contar-lhes a nossa conversa de ontem ... bem podias fazer um post sobre isso, já que ainda não postaste nada hoje ... preguiçosa, tens estado entretida com o quê ?

Beijos

MisteriosaLua disse...

Ó pra mim a desviar a conversa.... Eu sou uma gaja bué ocupada, não tenho a vossa vida!

Carol disse...

Beeeeemmm, grande sermão ...

E olhem lá para onde a conversa já descamba e as variações mais ou menos explicitas que vai tendo ;)

Com detalhes pormenorizados via mail, para não ferir susceptbilidades ;)

Eheheh

Zé dos Anzóis disse...

Fonix, ò João e esta coisa toda, só porque resolvemos ir à pesca sem as gajas. Sinceramente...
A preposito, apanhamos... deixa estar o melhor é não saberem mesmo o que apanhamos.
Za