quarta-feira, 30 de abril de 2008

0 13 de Maio na Cova da Iria



Vinha eu hoje, ainda há pouquinho, muito contente no meu carrinho, direitinha ao meu querido canil cor de rosa quando me deparo com um fenómeno já conhecido. Começou a peregrinação a pé para o 13 de Maio em Fátima. Imensas pessoas com coletes verdes, porque a segurança felizmente passou a ser prioridade das pessoas que num momento triste das suas vidas, ou simplesmente por devoção, resolveram fazer uma promessa e não se esqueceram do que prometeram e cumpriram. Dentro do possível tentei visualizar a fisionomia de cada um que passava por mim, iam ainda todos risonhos, sem sinais de cansaço, pois a caminhada deveria ter começado há pouco. Nas bermas da estrada alguns carros de apoio parados, uns acompanhando-os apenas por amizade, outros a troco de algum dinheiro, porque devotos, devotos, negócios à parte. Não sei explicar porquê dei por mim a conotar aquelas pessoas negativamente: devem ser todos fans do Tony Carrreira. E como os pensamentos são como as cerejas, imediatamente fiquei zangada comigo mesmo por estar a tentar rotular as pessoas sem as conhecer. Mas aprofundando o pensamento comecei a questionar-me se alguns daqueles poderiam gostar de boa música, claro que alguns gostarão, mas de certeza que todos gostam de música pimba, e todos eles devem saber todas as canções do Tony Carreira de cor.
Quero desde já deixar aqui esclarecido que eu, sem saber muito bem porquê, até tenho fé na Nossa Senhora de Fátima, e em muitos momentos menos bons da minha vida foi ela que me deu o apoio e a esperança de que melhores momentos viriam. Os ateus e os agnósticos não têm nada a que se agarrar quando precisam de ajuda, ficam portanto mais sózinhos e mais perdidos. Mas a fé ou não fé nasce com cada ser humano, não é uma coisa adquirida, portanto nada há a fazer em relação à alteração deste fenómeno. Agora para mim fé e Igreja são coisas distintas, porque a Igreja afasta as pessoas, por estúpidas e obsoletas regras que teima em impor, por tentativa de estupidificaçao dos fiéis, por não seguir os ensinamentos do seu criador, e finalmente por se rodear de luxos e mordomias que contrariam os principios que Jesus lhes deixou.

5 comentários:

MisteriosaLua disse...

Minha amiga, que manhã tão intensa! Tony Carreira, igreja e fé!
A tudo terei que responder com negas!
Não gosto das músicas do Tony, mas tenho de admitir o seu sucesso.
Não tenho religião, nem pena de não a ter, por aquilo que conheço, seja da católica seja de tantas outras.
Não tenho fé, no sentido restricto da palavra. Mas tenho pena de não a ter, de não sentir o seu conforto ou esperança.
A minha igreja é a minha casa, a minha fé, as pessoas que me rodeiam, família e amigos. Quando preciso de ajuda, acredita que não me consigo lembrar de melhor abraço, de melhor carinho, de melhor conforto do que pessoas como estas me podem dar!
E o bom da minha fé, é que além dos residentes, há sempre espaço para mais! E os últimos tempos são prova disso mesmo! ;)

zmsantos disse...

Surpresa! Não sabia que esta Cadela era fã do "António Camioneta"

Fátima e Tony Carreira: Grandes espaços, grandes concertos.

- Só mais um... (milagre)!
- Só mais uma... (música)!

Bêjos.

A CONCORRÊNCIA disse...

Mea culpa, sem querer enganei-os mas não posso passar sem esclarecer o equivoco :

EUZINHA, A CONCORRÊNCIA, DETESTO, ABDOMINO, NÃO SUPORTO O TONY CARREIRA E AS MUSICAS DO FULANINHO...

Vou já tentar emendar o post, bolas...

Anónimo disse...

Já meteste o pé na poça, eu também estranhei este gosto pelo Tony escarretas.
Olha o melhor é não apanhares A1
porque á obras na via da direita,
entre o nó de Leiria e o nó de Fátima.

JCorreia

Cravo a Canela disse...

Vocês não sabem a melhor....Fátima gosta do Tony Carreira!!!! Pelo menos encontrei uns cd`s no carro do Zé...

Fico sempre com comichão quando se fala de igreja e de santos. Apetece-me logo fazer composições, mas vou ficar quieto. Apenas dizer que respeito religiosamente a fé de todos, é assunto bem sério, mas não acredito que alguém que tenha nascido na forma humana possa ser considerado santo. Logo, não acredito em santos. Há homens bons, alguns de uma dimensão e de uma humanidade verdadeiramente fantásticas, mas todos com demasiados defeitos para serem santos. E essa história da Cova da Iria...