Num certo período da minha vida fui gerente de um espaço de restauração. O meu companheiro de há 33 anos a esta parte dizia-me inúmeras vezes : lá vem ela a rir. Este meu riso acontecia sempre que tinha uma abordagem mais personalizada com os clientes, abordagem essa que fazia questão que acontecesse com todos os que frequentaram esse espaço. E tinha razão, eu voltava de cada uma das mesas realmente a sorrir, um sorriso que vinha de dentro do peito e que depois se espairava no rosto, um sorriso de prazer pelo trabalho que fazia.
Neste preciso momento trabalho como voluntária numa instituição que apoia crianças carenciadas, mais precisamente dando-lhes apoio escolar. Descobri que o tal sorriso voltou a iluminar-me o rosto, aquele sorriso que começa bem quentinho dentro do meu peito e só depois é visível pelos outros.
Felizes todos aqueles cujo caminho profissional lhes proporciona este tipo de sorriso, um sorriso a que de dia para dia menos portugueses têm direito.
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