domingo, 22 de março de 2009

Hoje resolvi folhear o meu blog, reler o que foi escrito, relembrar sentimentos. Cheguei à conclusão que era urgente encontrar um novo caminho para as minhas palavras. Decidi que o que sinto, o que penso ou o que faço deverá ser resguardado, guardado numa gaveta fechada com uma chave a que só eu tenha acesso. Como escrever é uma das coisas que me dá prazer, continuarei a escrever, mas sobre os outros. Este blog, de hoje em diante, passará apenas a preocupar-se em denunciar o que não está bem, e em aplaudir o que está correcto, neste nosso País, neste nosso Mundo.

Hoje tentarei compreender e encontrar justificação para as acções de todos os intervenientes da notícia que resolvi trazer até aqui, embora prometa tentar continuar a manter esta posição, não garanto conseguir ser tão imparcial em posts futuros.

Aidida, a mãe biológica de Esmeralda quer ficar com o poder paternal e a guarda da filha. O pedido de alteração que fez, foi ontem aceite pelo tribunal.

Antes, quando Luís e Adelina Gomes ainda tinham direito a disputar a criança com Baltazar, a mãe biológica da menina pedia o poder paternal para ela mas a guarda da filha para o casal, mas agora que a menina está com o pai, Aidida quer lutar pela filha.

Notícia do 24 horas

Quero começar por alertar para a não credibilidade da maior parte das notícias que nos são oferecidas hoje em dia. As situações são extrapoladas e os factos são alterados com o único intuito de interessar o público em geral, e consequentemente vender. Gostaria no entanto de deixar aqui algumas palavras sobre este assunto.

Comecemos pela Aidida. Claro que qualquer mulher que não tenha capacidade para criar laços com um filho, pode de um momento para o outro, reverter essa situação. É também provável que esta alteração do tipo de direitos que ela pretende ter em relação à menina, tenha apenas um intuito monetário. Mas até nesse caso, quem pode julgar uma mulher que sempre viveu com grandes dificuldades económicas, e para quem o dinheiro é a unica coisa relevante na sua vida.

Passemos para Luís e Adelina Gomes. Acredito que não queiram de maneira nenhuma prejudicar a criança. Acredito que o que os move é o amor pela menina. Acredito que estão plenamente convictos que a Esmeralda ficará melhor com eles que com qualquer outra pessoa. Acredito que lhes seja impossível suportarem a dor de perderem uma criança que criaram desde pequenina.

Finalmente Baltazar o pai biológico. Não sabia da existência da filha. Soube por acaso na mesma altura em que descobriu que não podia ter filhos com a actual mulher. Se Esmeralda é filha dele, se a mãe da criança não tem condições económicas para a criar, é óbvio que ele deva ter direitos sobre a criança.

Portanto todos têm direito, todos têm motivos, todos têm razão. Que tal utilizarem o método utilizado na velha história do Rei Salomão? dividirem a criança por todos ? Era uma boa ideia! quem cederia primeiro ? se querem que lhes seja franca não faço a mínima ideia de quem seria...

5 comentários:

Maria disse...

Decidiste alterar a "linha editorial" do teu blogue e começas logo com esta questão... bolas!

Não vou falar de direitos. Digo apenas que a Esmeralda teve muito azar com a mãe que lhe coube em "sorte"...

Beijo

Leticia Gabian disse...

Isabelita,
Gostava de quando escrevias sobre ti.


Vou sentir falta!

Beijo grande grande

JC disse...

Esta situação é um quebra cabeças,
depende do ponto de vista de cada
um, mas muito complexo.
Porque também não se sabe os permenores de cada interveniente.
A Esmeralda é que não tem culpa nenhuma, e é a que fai sofrer mais.
Beijos

MisteriosaLua disse...

Estou com a Letícia! E que tal não escreveres só sobre ti, nem só sobre o mundo? Faz um mix! Boa??

Quanto à Esmeralda... A minha opinião vale o que vale, é verdade, mas penso que deveria ficar com os pais adoptivos, que foram os únicos que ela conheceu como Pais. Manteria o contacto com os biológicos, é certo. E tomaria a opção que quisesse, quando quisesse.

A CONCORRÊNCIA disse...

Obrigada por gostarem de me ler quando escrevo sobre mim. Obrigada também por mo dizerem.

Não disse que esta decisão que tomei fosse definitiva. Neste momento não me apetece expor-me publicamente nada mais.

Mesmo quando escrevo sobre os outros eu estou lá, os factos são vistos através dos meus olhos e contados depois de passarem pelo meu coração, portanto eu continuo por aqui.

Beijos ás três