No conto A Biblioteca de Babel, o escritor argentino Jorge Luís Borges descreve um edifício imaginário que guardaria todos os livros do mundo e, consequentemente, abrigaria as respostas a todas as perguntas e as soluções de todos os enigmas. Na semana passada, o Google aproximou-se da fantasia do autor de O Aleph. O mais famoso programa de busca da Internet acaba de fechar um acordo com algumas das maiores bibliotecas do mundo - a pública de Nova York, a das universidades americanas de Stanford, Harvard e de Michigan e a da universidade britânica de Oxford.
"Estamos a abandonar a logosfera, reino do manuscrito e da escrita, e a entrar no admirável mundo da electrónica e dos hipermédia. Vai ficando para trás o mundo da representação, da presença e da edição crítica, com todos os mitos e rituais da escrita que nos precederam. Inexorável, emerge à nossa frente um Novo Mundo, cuja virtualidade e simulação, como espaço/não-espaço (utopia), temos de praticar".
(José Augusto Mourão)
Aqui está uma realidade que me assusta, a vocês não ?
(José Augusto Mourão)
Aqui está uma realidade que me assusta, a vocês não ?
5 comentários:
Sim e muito!
Além do mais, adoro ter um livro entre os meus dedos (embora tenha feito isto muito pouco, ultimamente), adoro o cheiro que cada livro tem, adoro marcadores de páginas...
Beijo grande pra ti, querida
Pois se assusta...
Mas ao mesmo tempo tenho uma enorme curiosidade em imaginar como será este Mundo daqui a 30 anos, com a avanço tecnológico a "galope", como está...
Foi bom estar contigo no sábado.
Foi bom conhecer-te!
Um abraço forte
Assusta e de que maneira.
Até já o amor pode ser virtual...
O que vale é que não será no meu tempo
E ler um livro, entende-lo, imaginar o que nele é descrito, tendo como fundo uma paisagem deslumbrante (o mar, um jardim, a natureza)?
Temo que esse avanço tecnológico esteja bem mais próximo que aquilo que possamos imaginar.
Beijos para vocês
P.s. Também gostei de te conhecer Maria, agora só falta mesmo a Leticia...
Nesta última semana tive que "empinar" uma séria de canções que não conhecia, nunca tinha tocado nem cantado. A meio do processo pensei, e como seria se eu não tivesse internet?! Provavelmente não conseguiria ter feito o trabalho num tão curto espaço de tempo.
A internet instalou-se definitivamente nos últimos anos e, no entanto, nunca se venderam tantos livros como agora. De tal forma que os maiores grupos económicos se lançaram a comprar editoras de forma desmedida. Não vou entrar na problemática da qualidade dos chamados "best-sellers", mas o facto é que os livros estão de boa saúde.
Isto tudo para vos dizer que eu não estou assustado. A natureza sempre encontra uma forma de equilíbrio, e da minha parte, nenhuma tecnologia, por mais evoluída que seja, substitui o cheiro,o toque, a imaginação.
E já agora, o que seria a nossa vida de hoje sem "blogues"? Mais cinzenta, não?
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