Habituamo-nos durante a nossa vida a medidas e medições. Quando um bebé nasce, mede-se o comprimento, e perímetro cefálico e o peso. A criança vai crescendo e vai continuando a ser medida, fisicamente e intelectualmente. Têm notas altas ou baixas, tem mais peso ou menos peso, são mais altas ou mais baixas, e consoante esta avaliação são melhores ou piores comparativamente com as outras crianças da sua idade. Depois crescemos, e avaliam-nos pela conta bancária, ou pelo que recebemos pelo que produzimos. No entanto o que é realmente importante em cada um de nós, é aquilo que não conseguimos medir. Não conseguimos medir o amor, ainda ninguém arranjou uma escala de comparação que o torne mensurável, assim como não conseguimos medir a amizade, a alegria, ou a tristeza. Também não me parece importante que esses sentimentos sejam conotados com algum símbolo matemático, assim como sinto que nós próprios, não temos qualquer interesse em medi-los. Não consigo, nem quero medir o amor, só me interessa senti-lo e saboreá-lo, não consigo medir a amizade, não consigo gostar com maior intensidade de uns que de outros, apenas consigo gostar, sentir indiferença, ou não gostar, e a alegria e a tristeza são sentimentos também sem grandes amplitudes, se estamos tristes, estamos tristes, se estamos alegres, estamos alegres, pelo menos para mim, que não consigo sentir o meio termo entre estes dois estados de espirito. Em suma o que é realmente importante para nós como seres humanos é imensurável, portanto que se lixe tudo aquilo que é possível medir.
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