terça-feira, 29 de maio de 2012

Nunca esteve tão bonita a minha casa, na realidade nunca pensei que a minha casa pudesse ter a beleza que tem neste momento. Duas molduras, duas fotografias do membro mais novo da família fizeram este milagre.

Olho para as fotos e vejo "inocência" e desejo que todos nós tenhamos a capacidade de a preservar ao longo da nossa vida.

Olho para as fotos e vejo "simplicidade", e sonho com um novo modelo de sociedade  que se baseie nela. Uma nova sociedade  despojada de preconceitos, em que todos sejamos livres, em que haja igualdade de oportunidades e direitos e baseada numa felicidade atingida não através  dos bens materiais mas através do respeito, da afectividade e do carinho.

Talvez tenha nascido com alguma malformação nos neurónios porque apesar de toda a informação que neles fui acumulando ao longo dos meus já longos cinquenta e quatro anos de vida continuo a acreditar que ainda é possível mudar mentalidades e construir um Mundo mais feliz e mais justo.

sábado, 26 de maio de 2012


A família é muito maior do que se imagina porque representa o passado, o presente e também o futuro.

E o valor 'família' só é possível se estiver associado ao valor 'amor' e ao conceito 'incondicional'.

sábado, 12 de maio de 2012

É minha lei, é minha questão, virar esse mundo, cravar esse chão.


Sonhar

Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer
O inimigo invencível
Negar
Quando a regra é vender
Sofrer
A tortura implacável
Romper
A incabível prisão
Voar
Num limite improvável
Tocar
O inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão

Vou ali, antecipar a realização de um sonho antes que ele se torne impossível. Até já ...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A minha música para hoje dia 11 de Maio - Rui Veloso - Cavaleiro Andante



Porque tu és o meu cavaleiro andante
Que mora no meu livro de aventuras
Posso  chorar no teu peito
As mágoas e as desventuras

Sempre que o vento me ralhe
E a chuva de maio me molhe
Sempre que o meu barco encalhe
E a vida passe e não me olhe

Porque tu és o meu o cavaleiro andante
Que o meu velho medo inventou
Posso ir chorar no teu peito
Pois sei sempre onde estás

Sempre que a rádio diga
Que a américa roubou a lua
Ou que um louco me persiga
E me chame nomes na rua

Posso ir chorar no teu peito
Longe de tudo o que é mau
Tu irás estar sempre ao meu lado
No teu cavalo de pau ...

OBRIGADA !!!!!!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Como os nossos pais ...



Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais.

domingo, 6 de maio de 2012

GAC - Ronda do Soldadinho

S

Letícia Thompson

Ser mãe dói.

Dói quando o filho nasce e ela  pergunta a si própria como o vai saber educar. Dói quando, tendo o futuro todo pela frente, ela se sente perdida, como se o mundo não tivesse continuação. Dói quando o filho chora de noite e ela não sabe bem como acalmá-lo.

Ser mãe dói quando o filho fica doente e ela quer trocar de lugar com ele e não pode.

Ser mãe dói quando o filho não quer ir à escola e ela precisa fazer um esforço sobrenatural para não chorar ao deixá-lo.  Mas dói também, quando ao deixá-lo  na escola, ele dá um sorriso e diz adeus. Dói sentir que ele se desprega, se solta,  se torna independente. Como dói!!!

Ser mãe dói quando o filho tem problemas na escola e ela precisa ouvir com naturalidade as queixas. Doem a adolescência e as questões existenciais.

Deve ser uma dor imensa ver um filho ir para a guerra. Deve doer imensamente ver um filho seguir caminhos diferentes dos que julgamos corretos. Mãe que vê o filho sofrer, sofre a dobrar.

Ser mãe é uma missão que dói a vida inteira.

Ser mãe é ter a dádiva do dar. Ela planta e sabe que não é para ela.

Ser mãe dói sim. Mas engrandece também. A medida da dor é também a medida da alegria de ver o filho feliz.

A maternidade é a corôa de toda a mulher. De espinhos... mas de flores também!

Benditas sejam todas as mães do mundo!!!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Porque a vida sem ternura não é lá grande coisa ...

Li-o quatro ou cinco vezes já há muitos anos, voltei a lê-lo agora porque um projeto em que me envolvi me desafiou a faze-lo: "O meu pé de laranja-lima" . Lembro-me que chorei todas as outras vezes que o li mas nunca tanto como agora. A comoção começou logo no primeiro capítulo e acompanhou-me até ao fim da leitura. Porquê ?!? Talvez porque a TERNURA se foi perdendo lentamente durante os anos, nesta nossa sociedade sempre em  transformação, certamente "... porque a vida sem TERNURA não é lá grande coisa ... "




“Enfeite-se com margaridas e ternura e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse nos seus olhos e beba licor de névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases subtis e palavras de galanteria.”

Carlos Drummond de Andrade