sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ser ou não ser ... solidário .

Claro que há os que são e os que não são.

Os que não o são ignoro-os, se alguma vez fizeram parte da minha vida já nem sequer me lembro.

Os que são, e ultimamente descobri que são tantos, muitos mais do que poderia imaginar, deixam-me feliz . Afinal não estou tão sózinha como imaginava neste estranho e quase maquiavélico mundo em que vivemos. Esses fazem as minhas lutas e a minha vida terem sentido. Obrigada a todos vocês.




Esta é portanto a minha música para este fim de semana, partilho-a com quem a quiser tomar como sua.

Bom fim de semana para todos !!!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dedico este post a alguém muito importante para mim, alguém que apesar dos muitos anos que tem, me dá uma grande paz interior sempre que a visito. Talvez porque tem a capacidade de me transmitir a paz e a felicidade que sente, talvez porque o mundo que inventou para ela seja um mundo perfeito. Quando me sinto menos bem dá-me sempre uma vontade gigantesca de a visitar e conversar com ela sobre o mundo onde ela vive. Um mundo de paz sem dúvida mas acima de tudo um mundo de muito amor. Talvez um dia consiga viver num mundo assim ...


"Como é que imaginas essa velhice?
Como um tempo de sabedoria. Uma sabedoria natural que tu acumulas sem te dares conta. Vais perdendo memórias, mas isso não é tão grave assim. Porque o fundamental não esqueces. As configurações do prazer, da culpa.

Essa sabedoria traz humildade?
Traz uma humildade absoluta que é a gratidão. A verdadeira humildade é uma gratidão. No sentido de “olha lá a sorte que eu tive”. Voltamos ao que disse lá atrás. Saber apreciar isto de estar vivo. Os objectos pequenos, o cheiro das coisas, a maneira dos gatos entrarem em casa. A riqueza do mundo, sem precisares de comprar seja o que for. Por exemplo, no outro dia descobri uma quinta, a Quinta da Ribeira, onde vendem pão embrulhado em cobertores, óptimo. Ainda não tinham apanhado as laranjas, porque é muito cedo. Mas estava lá o pomar. E eu atrevi-me e arranquei duas laranjas, mesmo quando ia a passar um padre que olhou para o chão, como quem perdoa, porque aquilo pertence ao seminário ou ao patriarcado, parece uma coisa do século XIX. Roubei essas laranjas, as primeiras laranjas do ano, sacadas por mim, com as folhas e tudo, mais a rama. Estive uma hora e meia à volta das laranjas, com a Maria João. Partimos os gomos e revisitámos todas as maneiras de comer laranjas. O prazer, o cheiro, aquilo tudo esmigalhado, o óleo a marcar os nossos braços. A comparação com outras laranjas. É uma coisa que só se pode apreciar aos cinquenta anos. Se tu fizeres isso agora, não chegas lá da mesma maneira. Falta-te a idade."

[Entrevista do MEC publicada na edição de 15 de Dezembro do suplemento 6.ª do Diário de Notícias]




sexta-feira, 22 de outubro de 2010




Havia, em algum lugar, um parque cheio de pinheiros e tílias, e uma velha casa que eu amava. Pouco importava que ela estivesse distante ou próxima, que não pudesse cercar de calor o meu corpo, nem me abrigar; reduzida apenas a um sonho, bastava que ela existisse para que a minha noite fosse cheia de sua presença. Eu não era mais um corpo de homem perdido no areal. Eu me orientava. Era o menino daquela casa, cheio da lembrança de seus perfumes, cheio da fragrância dos seus vestíbulos, cheio das vozes que a haviam animado.

Antoine de Saint-Exupery

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sobre o orçamento de Estado ...


Sem detalhes, apenas direi que é um orçamento de uma terrível falta de imaginação, e que qualquer ignorante em finanças era capaz de fazer: - saque despudorado da classe média e trabalhadora e que se traduz em simples palavras. Esbulho com impostos dos reformados, deficientes e desfavorecidos e da classe média em geral asfixiando-a e tornando-a moribunda.

Impostos de um violência impressionante com a previsão de uma catástrofe social por falta de alternativa, estrangulamento da economia e consequente recessão.

Orçamento que qualquer Zé do Telhado assinaria com prazer!

Enquanto vou reflectindo e escrevendo vou curiosamente tomando conhecimento do que no mundo se vai passando e reparo numa notícia que não posso deixar de partilhar convosco, convidando-vos também, à reflexão, já que esta, muito fugazmente passou pelos media em Portugal. O Parlamento Islandês decidiu levar a julgamento o seu Primeiro-Ministro, senhor Geir Haarde por o considerar responsável pela falência do seu país! E fico a pensar! A Islândia deve ser um país do terceiro mundo!! Julgar o Primeiro-Ministro!! Onde é que já se viu!!...!!!

Um pouco mais adiante e analisando as actividades e previsões do FMI deparo com a indicação de que Espanha terá, em 2013, um crescimento bastante superior á média europeia e ultrapassará a Alemanha, França, Itália e Holanda.!!

Recosto-me na minha cadeira e penso! Penso no meu país – no que me dizem as pessoas! No velhos! Nos reformados! Nas crianças! Nos jovens! Nos que trabalham! E penso nas condições degradantes e aviltantes a que nos conduziram. Penso na ilusão, na falta de esperança e penso ainda quais as soluções, para a economia, para a sociedade, para o futuro colectivo.

E continuo a pensar!

As condições económicas do País são de estagnação e angustia, os cidadãos temem o futuro ,os jovens qualificados emigram, o rendimento das famílias decresce para valores próximo da miséria e pobreza ,famílias pedem auxílio ás organizações de solidariedade para comer; a criminalidade atinge níveis de catástrofe !

A Dívida Pública e Externa a níveis obscenos! E …!! E !!! E !!!

E continuo a pensar!

Cem anos passaram e o que acresceu na vida deste povo? Que parece caminhar em circulo voltando sempre ao lugar da partida. Culpando sempre e nunca se introspectando, deixando-se enganar, humilhar, saquear, preferindo vociferar a tomar em mão as rédeas da sua cidadania!

Os culpados não foram a Monarquia, a República, o Salazarismo, o Gonçalvismo, o Cavaquismo,o Socialismo!

Responsáveis sim, somos todos nós!!

Culpados..., muitos de nós!!

Por isso penso que antes de ideologia, finança, economia há outras prioridades a resolver!

O caso de Portugal é, antes de mais, um caso de polícia.


Tirado daqui ...

Assino por baixo !!!



terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tocando em frente



Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso, porque já chorei demais
Hoje sinto-me mais forte, mais feliz quem sabe
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs,
É preciso o amor para poder pulsar,
é preciso paz para poder sorrir,
é preciso a chuva para florir.
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha, e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada,
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou,
Estrada eu sou
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história,
E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz,
De ser feliz
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais

Osvaldo Montrenegro

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Lena d'Água



Era Um Redondo Vocábulo

Era um redondo vocábulo
Uma soma agreste
Revelavam-se ondas
Em maninhos dedos
Polpas seus cabelos
Resíduos de lar,
Pelos degraus de Laura
A tinta caía
No móvel vazio,
Congregando farpas
Chamando o telefone
Matando baratas
A fúria crescia
Clamando vingança,
Nos degraus de Laura
No quarto das danças
Na rua os meninos
Brincando e Laura
Na sala de espera
Inda o ar educa

Porque não merece o quase esquecimento ...


sexta-feira, 15 de outubro de 2010



Bom fim de semana ... azul !!!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Pedes-me um sonho, para fazer de chão. Mas eu desses não tenho, só dos de voar.



Mafalda Veiga e Tiago Bettencourt - Balançar


Pedes-me um tempo,
para balanço de vida.
Mas eu sou de letras,
não me sei dividir.
Para mim um balanço
é mesmo balançar,
balançar até dar balanço
e sair..

Pedes-me um sonho,
para fazer de chão.
Mas eu desses não tenho,
só dos de voar.

Agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me a dizer
que me estás a salvar.
De quê?
De viver o perigo.
De quê?
De rasgar o peito.
Com o quê?
De morrer,
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...

Pedes o mundo
dentro das mãos fechadas
e o que cabe é pouco
mas é tudo o que tens.
Esqueces que às vezes,
quando falha o chão,
o salto é sem rede
e tens de abrir as mãos.

Pedes-me um sonho
para juntar os pedaços
mas nem tudo o que parte
se volta a colar.

E agarras a minha mão
com a tua mão e prendes-me
e dizes-me para te salvar.
De quê?
De viver o perigo.
De quê?
De rasgar o peito.
Com o quê?
De morrer,
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A minha azeitona já está preta ...



Ontem chamaram-me : anda aqui ... ver uma coisa ...
E sem saber muito bem explicar porquê, quando as vi , fiquei feliz.
Talvez porque a minha Mãe me diz : dão sorte as azeitonas, e eu precise de acreditar que é verdade .

segunda-feira, 4 de outubro de 2010


Não digas que não te avisei

Se a velha diz que vais quase nua
Não faças caso
Deixa-a falar
Se o pintas manda bocas na rua
Não ligues peva
Manda-o lixar

Se a vizinhança fizer escarcéu
E te ameaça
Mandar prender
Põe-te bonita de perna ao léu
Diz ‘ma chalaça
Fá-la sofrer

Deixa as etiquetas, dá corda aos sapatos, não temos as 7 vidas dos gatos
Deixa as etiquetas, dá corda aos sapatos, não temos as 7 vidas dos gatos

Se o cão de fila te quer filar
Manda-lhe um osso
Manda-o buscar
Se o mais reguila te convidar
Vai-lhe ao pescoço
Põe-te a ladrar

Depois, não digas que não te avisei!

Se as catatuas vão à igreja
Meter umas cunhas
Pra te salvar
É porque já estão verdes de inveja
Roendo as unhas
Pra não pecar

Depois, não digas que não te avisei!

Se a esperança um dia bater à porta
Faz-lhe um café
Manda-a sentar
Pois até os peixinhos da horta
Com muita fé
Conseguem nadar

Se vires que o caso está mal parado
Só armadilhas
Em contratempo
Agarra o braço ao teu namorado
E põe-te a milhas
Enquanto é tempo

Depois, não digas que eu te avisei!

João Monge

domingo, 3 de outubro de 2010


Escolha o seu dia, escolha a sua vida

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A música !!!

Hoje oferece-vos (NOS) esta. Celebremos então a MÚSICA !!!